A Polícia Civil do Pará autuou em flagrante, no domingo (10), quatro
mulheres por envolvimento em esquemas de fraude durante o concurso
público para agente de fiscalização de Trânsito, do Departamento de
Trânsito do Estado do Pará (Detran/PA).
Duas delas, Luna Bianca da Vera Cruz Nascimento e Dalilla Taiany
Carvalho Coelho, foram flagradas com telefones celulares escondidos na
roupa durante as provas. A outra presa, Graziela Quaresma Mendes, fez
prova com documento falso em nome de uma candidata regularmente inscrita
no certame. A outra acusada é Katia Chagas Neves, que foi flagrada por
fiscais de sala com uma "cola eletrônica". Os procedimentos após os
flagrantes foram realizados na Divisão de Investigações e Operações
Especiais (DIOE).
Policiais civis que integram uma Força-Tarefa do Núcleo de Inteligência
Policial (NIP) conduziu as acusadas para a DIOE. Conforme o delegado
Aurélio Paiva, as mulheres foram flagradas durante a realização do
certame e presas assim que saíram das salas onde faziam as provas. Elas
estavam em quatro locais diferentes na capital paraense.
Grasiele Mendes foi flagrada enquanto realizava as provas se passando
por outra candidata. Ela estava com uma Carteira de Habilitação falsa em
nome de uma candidata regularmente inscrita no concurso. Já as
candidatas Dalilla e Luna foram pegas com dois pequenos telefones
celulares escondidos em suas roupas. Os aparelhos funcionavam como
receptores dos gabaritos das provas por meio de vibração, o que
configura crime.
No momento em que os policiais civis abordaram a candidata Luna Bianca,
do lado de fora do local de prova, uma pessoa que a aguardava fugiu em
uma motocicleta.
A outra candidata presa, Kátia Neves, foi flagrada com um equipamento
que funcionava como "cola eletrônica". Segundo o delegado, o aparelho
era formado por um cartão eletrônico e um fone de escuta, pelos quais,
as respostas do gabarito eram repassadas por outra pessoa.
Todas quatro foram autuadas pelos crimes de fraude em certame de
interesse público (artigo 311-A, inciso I, parágrafo II) e associação
criminosa (artigo 288), do Código Penal. No caso da presa Grasiele, ela
vai responder também por falsidade ideológica (artigo 299 do Código
Penal) por ter se passado por outra pessoa. As investigações continuam,
para identificar e prender outras pessoas envolvidas no crime. As presas
estão recolhidas e passarão por audiência de custódia na Justiça.
Fonte: Blog Plantão 24horas News com informações de Walrimar Santos em parceria com Governo do Estado do Pará.